quarta-feira, 19 de agosto de 2009

eu


- eu falo demais
- não gosto quando me dizem que eu falo demais
- eu odeio índios
- eu não gosto de calor
- eu adoro sol
- eu já morei em muitos lugares
- eu ainda quero me mudar mais
- sempre quis ser artista
- sou frustrada por causa disso
- eu sempre fui ótima aluna
- mas fiz vestibular pra UFBA 3 vezes
- eu fiz dois anos de Direito
- escolhi o Jornalismo aos 14 anos
- um queria ser amiga de alguém famoso
- eu já fui obesa
- falo inglês, um espanhol médio e comecei francês
- fiz 3 anos de alemão e não sei nada
- eu não preciso acreditar em deus
- mas eu respeito muito quem precisa
- adoro discussões interessantes que me deixam rouca
- eu atraio chatos e incovenientes
- eu não sei dispensar os chatos e inconvenientes
- eu queria ter minha própria casa
- só tive um namorado (e ainda tenho)
- estudei em 14 escolas diferentes
- ler é a minha paixão
- um dia ainda vou escrever um livro ou algo do tipo
- não consigo viver sem música
- sou viciada em doces
- eu moro só com meu irmão
- tenho certeza que as pessoas se cansam de mim
- mas ninguém nunca me disse isso
- acho que nunca serei magra
- tenho medo de engravidar
- eu adoro stephen king
- odeio jogo de cartas
- sou ansiosa
- aprendi a conviver com a saudade
- me sinto uma estranha em muitos ambientes
- ainda não me encontrei na minha profissão
- aprendi que um grande amor chega sem avisar
- cada dia minha vida tem uma trilha sonora diferente
- músicas profundas e tristes são minhas preferidas
- eu queria ter sido grunge
- pessoas inteligentes me encantam
- adoro dar e receber presentes
- adoro meu aniversário
- odeio quando cantam parabéns pra mim
- pearl jam é a banda da minha vida
- e given to fly é a música
- eu leio de tudo
- amo mario vargas llosa
- não gosto de côco
- sinto enjoo com o cheiro de menta e hortelã
- meu humor varia com o grau de arrumação do meu quarto
- sou muito organizada
- sou viciada em seriados
- ver six feet under mudou minha percepção de TV
- eu amo poucas pessoas e não digo muito isso a elas
- não sou nada afetuosa
- nunca tomei um porre
- eu tomo leite com toddy todos os dias
- adoro dar minha opinião
- sou distraída
- minha memória não é das melhores
- acho que muita coisa aqui não vai ser novidade pra muita gente

quarta-feira, 20 de maio de 2009

::: personalidade: obsessiva :::


eu, me auto-analisando outro dia, decidi que tenho características de uma personalidade obsessiva. por favor, leve em conta que a idéia que eu tenho do conceito psicológico de obsessão não deve chegar muito perto da verdade e que, apesar de tudo, não me preocupo com a conclusão que cheguei.

obrigada. sendo assim, vamos aos fatos!

::: a primeira coisa que me fez pensar sobre isso foi quando eu percebi que passo épocas enchendo o saco das pessoas próximos com assuntos repetidos. como eu tenho um círculo grande de amigos e conhecidos, só acabo enchendo o saco mesmo das muito próximas, já que as outras nem percebem meus fanatismos por determinados tópicos.

::: depois, parei para analisar e descobri que tenho épocas que gosto tanto de uma coisa que parece que serei especialista naquilo para sempre. exemplo: ano passado, quando comprei o primeiro livro da série "crepúsculo", li todo em dois dias. depois, comprei os outros três na versão ainda em inglês (ainda não existia tradução de tudo) e li tudo em menos de duas semamas. a partir dai, passei a ler o que achava na internet sobre os livros, os filmes, os atores, a vida pregressa dos atores. tudo! até comecei a fazer parte da equipe de tradução de notícias para um site de fãs brasileiros sobre a série. dois meses depois, enjoei e esqueci. continuo esperando o lançamento dos próximos filmes, mas sem ansiedade.

::: esse primeiro exemplo se juntou ao segundo para eu perceber que minhas obsessões duram pouco. segundo exemplo: num dia de insônia assisti a primeira temporada toda (durante 20h praticamente seguidas) de um seriado de 1994, "minha vida de cão" (my so-called life), com claire danes e jared leto [foto]. como os filmes com ela eu já vi quase todos e não gosto de muitos, resolvi baixar todos os filmes com ele que eu não tivesse visto ainda. pois essa foi minha vida durante duas semanas, além de assistir entrevistas no youtube. juntando isso com o fato de eu já gostar da banda dele, 30 seconds to mars, lascou! depois que acabei, passou!

não sei bem porque comecei a falar sobre isso, já que algo que deve incomodar mais aos amigos do que a mim mesma. esse aspecto da minha personalidade, pensando bem, me ajuda. como passo rápido pelas fases e aprendo muito com elas, vou formando uma pequena enciclopédia própria. podem me perguntar tudo sobre crepúsculo e jared leto! :) brindadeiras à parte, acho que isso me ajuda a adquirir cultura, sim, pois minhas obssessões são quase sempre nessa área e não estão restritas a filmes e seriados. ano passado mesmo, tive uma fase mario vargas llosa ótima.

segunda-feira, 9 de março de 2009

::: toronto :::

nessas férias, adicionei mais uma cidade à lista das que conheci e passei a amar. nos 4o dias que passei em toronto, tive a certeza que educação e civilidade não fazem mal a ninguém. muito pelo contrário.

conheci bem a cidade. e percebi o quanto as pessoas lá podem ser livres, respeitando o espaço alheio. você pode ser tatuado, judeu ortodoxo ou muçulmano e conviver no mesmo local de trabalho de culturas totalmente distintas da sua, sem ser menosprezado por sua aparência ou por seus pontos de vista políticos e religiosos.

achei interessante a dinâmica de uma sociedade que raramente se mistura. negros andam com negros; chineses pouco aprendem a falar inglês; gregos, portugueses e italianos, cada um no seu bairro; indianos casam com indianos. isso me fez ver que, pelo menos em toronto, a miscigenação não é a chave para a boa convivência. e eu nunca achei que devesse ser. não adianta forçar o estreitamento de relações entre grupos tão diferentes, se não for da vontade de cada um. basta proporcionar um ambiente que é justo para todos que a tolerância vem como conseqüência. isso sim faz de um país um lugar receptivo para qualquer pessoa.

amei toronto. não achei tanto com cara de casa como lima, no peru. não é uma cidade com um povo que demonstra suas alegrias, como salvador. não é cultural como barcelona ou paris. mas é a mais parecida comigo, de todas. foi onde eu mais me senti inserida, sem precisar fazer parte de algo homogêneo, pasteurizado.

talvez eu goste de sol, de pessoas que falam alto, riem alto e são extrovertidas. talvez eu goste de um povo acolhedor e simpático. talvez eu goste de pessoas bem educadas. mas eu gosto mais ainda de ser quem eu quiser, quando eu quiser, na hora que eu quiser. isso, até agora, só toronto pareceu oferecer.